Tem um negócio aqui que diz o tempo inteiro “O plug-in não está instalado”. Parece alguma coisa ligada a supositório, mas acho que é paranoia minha.
Essa máquina me xinga, às vezes, quase me chama de estúpido. Dá vontade de chorar copiosamente. Se chover torrencialmente ou alguém for brutalmente assassinado pois estava visivelmente embriagado.
Não obstante, feéricamente iluminado em letras garrafais, enquanto a truculência policial defendia esse regime espúrio que está aí. Ou que aí está, fica melhor.
Velhos clichês para novas velhas manchetes. Algumas palavras ferem mais do que outras, por exemplo, quando alguém do sexo oposto começa um papo te dizendo: “És uma pessoa maravilhosa e serás sempre muito especial para mim!”; estás sendo coberto de elogios, mas esse é o prefácio de um solene pé-na-bunda!
E pode chorar cântaros que a situação não mudará, entendeu, pequeno gafanhoto?
Lembro de uma conversa meio alterada, entre uma menina que eu estava tendo um affair – hoje seria ficando – e sua querida mãe, entreouvida da cozinha pra sala, onde eu estava, uma coisa mais ou menos assim: “De onde tu tirou esse pé-rapado que não tem onde cair morto?”.
A menina tentou me defender – corajosa ela era – “Mas mãe…”, e a velhota: “Não tem mas mãe! Não quero mais esse vagabundo aqui em casa! Ah, se teu pai estivesse vivo, nessas horas aquele traste faz falta!”.
Sobrou até pro falecido, amigos! Saí com o rabo entre as pernas arrastando meus pés-rapados e pensando onde cair morto de vergonha. Vagabundo eu não era, já trabalhava na Zero Hora.
Mas aquilo não me feriu tanto, só um pouquinho, que afoguei esse pouquinho em uísque batizado do bar Gre-Nal, na Demétrio Ribeiro quase com a Borges de Medeiros, em Porto Alegre, claro.
Levei aquele desaforo pra casa e tranquei no banheiro até o outro dia, quando fui olhar pra ele com mais cuidado e achei que não valia a pena ficar com aquilo, tomando espaço na minha vida e joguei no lixo. Era até um simpático desaforo, mas foi melhor assim. Bons tempos, amiguinhos, que se podia levar desaforo pra casa e depois nos livrarmos dele!