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Quando a Alma Fala

Quando a Alma Fala

 

Que os automóveis não mais dirijam as pessoas

Que os dogmas não mais aprisionem as essências

 

Que a televisão não mais assista as famílias

Que a ignorância não mais seja ignorada

 

Que a tecnologia não mais programe os desejos individuais

Que a natureza não mais seja uma separada e distante entidade

 

Que as lojas não mais comprem os seres humanos

Que o relacionar-se não mais seja por simples oportunismo

 

Que a qualidade de vida não mais seja mensurada pela acumulação de coisas

Que a divindade não mais seja restrita ao distante mundo dos templos

 

Que a couraça do silêncio imposto não mais silencie a expressão humana

Que a necessidade do alimento não mais assassine indefesos animais para ser saciada

 

Que a gentileza não mais seja uma mensurável atividade

Que a justiça não mais seja submissa ao poder

 

Que a mulher não mais seja vista como apenas um objeto de prazer e procriação

Que o amor não mais seja uma utopia relegada aos lunáticos

 

E que Divindade não mais seja um ser desterrado à solidão de seu imaginário céu.

 

PS: Para citar este Poema:

Cargnin dos Santos, Tadany. Quando a Alma Fala.

 

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Revista Digital de todos os acontecimentos do círculo social e público da cidade de São Borja e Região.
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